sexta-feira, fevereiro 24, 2006

A televisão – o MTV base meets Tony Blair




O Trevor Nelson anunciou anteontem, 22 de Fevereiro, no The Lick, MTV base. 06 de Março, às 21:00 horas GMT, se bem percebi. Trata-se de uma entrevista de 30 minutos ao 1º Ministro Britânico, conduzida por Tim Kash, com a participação de jovens de diferentes países africanos, que terão a oportunidade de questionar directamente Tony Blair.

O programa foi gravado, ao vivo, em Johannesburg, durante a Cimeira da Progressive Governance, 11 / 12 de Fevereiro.

Segundo o press release, a conversa andou a volta de «temas que deveriam importar a juventude africana hoje» - acrecento eu, sempre -, tais como, a problemática troca / ajuda, pobreza, crescimento demográfico, educação, a imagem de África no Ocidente, a propriedade intelectual, a saúde, liberdade de informação, democracia, alterações climáticas e o fim dos subsídios à exportação.

Tem interesse.

De qualquer forma, convem confirmar a data / hora, na Europa, pois, a mim, pareceu-me perceber o Trevor Nelson anunciar a emissão para 2 de março as 20:00 horas.


Abílio Neto

2 comentários:

Abílio Neto disse...

Olá Brassa,

Depois da «ponte» em Espanha, neve por todo o lado..., muito tempo para ler... sobre vinhos!

Estou muito atento mesmo aos trabalhos da Comissão para a África, que não sendo uma estrutura estável e permanente, vai continuando existir para emanar relatórios, contudo, o relatório preliminar já existe e existe também a declaração de príncípios (bom documento). É bom que se entenda que esta Comissão é só um grupo de reflexão e acompanhamento, cuja finalidade é estabelecer critérios claros que compromentam estados candidatos a aceder a fundos de investimento, que deverão ser angariados e geridos pelo NEPAD. Agora, a questão não é tentar saber o que é que a Comissão está a fazer, mas sim de saber o que é que os países candidatos estão a fazer ao nível da evolução da sua performance na boa governação (transparência, combate a corrupção, fortalecimento das instituições democráticas e financeiras, incentivos ao comércio, solidificação dos mecanismos para a paz etc.)!

E aí, meu caro amigo, começam as dificuldades. Há países a fazer um esforço tremendo, lamentavelmente, não sei se posso incluir o n/ nesse rol, não vejo vontade política séria em São Tomé e Príncipe para trabalhar-se reformas, com profundidade e criatividade.

Existe um preconceito (e a realidade confirma-o) tremendo em relação a Nigéria, p/ ex., mas reconheça-se alguns bons passos dados pelo governo de Abuja, nomeadamente, na utilização de mecanismos de negociação de conflitos em detrimento de meios violentos (guerra), caso do conflito com os Camarões numa zona petrolifera comum.

Todos os pequenos passos contam.

Abraços,

Abílio Neto

PS: Lamentavelmente, continuamos no n/ particular diálogo, mais ninguém se chega a frente.

Abílio Neto disse...

Caro Brassa,

Não suporto o Obasanjo, por curvilíneo (não confundir com as curvas da Naomi, mas...), por irresponsável (muito centralista para as regiões costeiras, as que têm petróleo, e descentralizador / permissivo com as regiões do interior, pobres e muçulmanas), pelos tiques imperialista (sem olhar melhor para o seu próprio país) e por Fela Kuti e Chinua Achebe.
Dou algum crédito a sua Ministra das Finanças.

Todos conhecemos a corrupção na Nigéria. Os relatórios anuais das diversas entidades que estudam e monitorizam o fenómeno falam por si. Reconheces que têm tentado fazer algo, apesar de te parecerem operações de «cosmética», como digo: «todos os pequenos passos contam». Acho bem que a Nigéria os dê, porque, queiramos ou não, é uma potência regional, que eu preferia ver com melhores performances.

A sede do NEPAD em África está na África do Sul! É significativo. E é de elementar bom senso que exista o cuidado de «privilegiar» a Nigéria no perdão da dívida, provavelmente, seria mais perigoso deixar o país descambar no caos absoluto, isso sim, seria desastroso, tendo em consideração a sua dimensão e o seu peso na região. Estratégia, claro que sim. Nunca te esqueças que o perdão está condicionado a critérios restritivos de evolução progressiva com a boa governação (troca, estranhamente, questionada pelos países africanos)

O preconceito não é só santomense, é geral ou generalizável. Como é evidente, eu não posso confundir o Ali Baba com os 40 ladrões.

O BE faz falta. O PSD não sei. E eu tenho amigos também no PPM! E amigos são amigos...

Abraços,

Abílio Neto