sexta-feira, março 23, 2007

O balanço - A minha Soul de 2006







Atrasado.

Começa aqui o meu balanço.

2006. Ano de grandes canções.

As minhas 4 Soul, num ano de imensa alma.

- John Legend – Once Again

Obrigatório. Sensível, elegante e referencial, toda a Soul num único album, do principio ao fim, só grandes canções! Era previsível que na comunidade negra norte-americana corresse o rumor que JL é gay, pois, pudera, o rapaz não tem nada a ver com o P Daddy e o R&B 7 - Up, está inspirado (Quincy Jones já o vê no Olimpo com Marvin, Steve e Donny), está unicamente interessado em escrever boas canções (na capa do seu cd aparece ao piano), é articulado e bem formado (na literatura do cd, agradece em português «to meu amor obrigado estou praticando o meu portugues»), veste-se bem, é contido e nos seus videos aparecem miudas giras, vestidas e normais. Não é Nu-Soul é Nu Quiet and Storm, oiça-se Each Days Gets Better!

- Dwele – Some Kinda...

Indispensável. Não há hits como no anterior, Subject, há música, há liberdade e há mais Jazz, há o mesmo cool,não peço mais, porque não é preciso.

- Amy Winehouse – Back to Black

Surpreendente. E ainda dizem que os albuns de remisturas não servem para nada, eu conheci a A W através de um, Got the Bug, dos The Bugz in the Attic. Está na moda chamar nomes a miúda, chamem-lhe bêbeda, anoréxica, o que quiserem, é a maior, é a mais excitante. Aos 23 anos, A W escreve e canta canções pessoalíssimas como se já tivesse vivido 46 anos, o dobro da sua idade. Frank, o 1º album, só não é o melhor album Soul britânico de sempre, porque antes, de facto, existiram o Vol. I dos Soul To Soul e os albuns dos Loose Ends e do Omar.

- Kelis – Kelis Was Here

Linda. O regresso da The Most Stylish Girl in Soul Music and Others, sem os Neptunes, mas com óptima música, o habitual bom gosto e um novo penteado, ao lado dela Beyonce é uma miúda da Cova da Moura e Corine Rae uma filha de retornado. Ok, musicalmente, não tem nada a ver com Tasty.


Abílio Neto

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